sábado, 26 de julho de 2014

HEDY, PERDÃO ! EU ME ESQUECI DE VOCÊ !



 
HEDY LAMARR. uma das minhas mais lindas, deixou de entrar na lista por imperdoável
esquecimento meu... Eu me penitencio homenageando-a agora - minhas DEZ MAIS são,
na verdade, ONZE !  =)

sexta-feira, 25 de julho de 2014

MAIS BELAS

Amigos mais ou menos se queixam de que (além da morosidade com que posto) venho escolhendo filmes mal conhecidos, "que ninguém vê". Não sei se é muito justo isso, mas compreendo, a maioria das minhas escolhas recai ou em filmes clássicos esquecidos que vêm sendo resgatados em DVD ou filmes que merecem atenção e que não se tornaram populares. Coisa minha, razões pessoais de querer fazer justiça.
Assim, hoje relaxo, lembrando os primeiros passos do Orkut, quando comunidades se empenhavam em eleger as atrizes clássicas mais belas e até promoviam renhidas enquetes para sagrar vencedoras as favoritas
dos membros. Caso isso tivesse perdurado, eu escolheria as seguintes (em ordem alfabética) como as minhas TOP TEN em beleza, dentro dos meus próprios critérios:

1. AVA GARDNER
2. CATHERINE DENEUVE
3. CLAUDIA CARDINALE
4. ELEANOR PARKER
5. ELIZABETH TAYLOR
6. INGRID BERGMAN
7. KIM NOVAK
8. MARILYN MONROE
9. ROMY SCHNEIDER
10. VIVIEN LEIGH.

Naturalmente, o peso da simpatia é também considerável, mas passo a bola aos que me honram com suas
presenças postando nesse cantinho. Quais seriam AS DEZ MAIS de vocês?  Só para eu ter uma idéia...
Obrigado e um abraço a todos.




sábado, 19 de julho de 2014

A MULHER DO PADEIRO

(La Femme du Bolanger)
Argumento, roteiro e direção de Marcel Pagnol, 1938

Elenco: Raimu, Ginette Leclerc, Fernand Charpin, Charles Moulin, Robert Vattier, Maximilienne, Robert Bassic.

Comédia francesa com um debrum dramático, que se constituiu num dos maiores sucessos de seu realizador Marcel Pagnol e de seu protagonista Raimu ("o maior ator do mundo" na concepção de Orson Welles). Numa aldeia provençal, a chegada do novo padeiro (Raimu), substituindo o anterior que se suicidara, faz-se acompanhar de sua formosa esposa (Ginette Leclerc, em papel pensado para a estrela americana Joan Crawford) e alvoroça a população modesta e faminta. Em breve tempo, porém, a mulher sucumbe à tentação de fugir com um jovem e atraente pastor das redondezas (Charles Moulin), deixando o marido incrédulo e desesperado. Em meio ao escândalo, os aldeões acabam se penalizando com a má sorte do padeiro que, decidido a não prosseguir em seu ofício e entregando-se à bebida, também os prejudica seriamente. Um plano inesperado, posto em prática pelo velho marquês local (Fernand Charpin), improvisa, contudo, os habitantes - um contingente de bêbados - a uma busca sem limites, de modo a trazerem de volta a infiel a seu honesto, feio e apaixonado companheiro. O filme é uma bem-humorada crônica dos costumes provincianos que estabeleceu Raimu no patamar dos artistas franceses (a exemplo de seu homérico pifão tomado com os que com ele se solidarizam). Infelizmente, na vida real, ele foi vítima de um infortúnio pior e mais grave, capturado pelos oficiais nazistas na ocupação da França. Além de sua excelente interpretação, com uma gama de recursos expressivos, há ótimos tipos entre os coadjuvantes, só se tornando alguns algo aborrecidos - como o marquês e o jovem e empedernido pároco (Robert Vattier) - por seus profusos diálogos.

A edição em DVD da Cult Classic deixa a desejar, merecendo urgente restauração, mas é válido que se conheça o filme.

terça-feira, 8 de julho de 2014

EU SOU O SENHOR DO CASTELO

Eu Sou o Senhor do Castelo
 Os pequenos Arpin & Béhart: Diferenças de classe social determinam o início de um jogo de humilhações

(Je Suis Le Seigneur du Château) 
Direção de Régis Wargnier, 1989
Música de Serguei Prokofiev
Elenco: Régis Arpin, David Béhar, Jean Rochefort, Dominique Blanc.

Pai (Jean Rochefort) e filho de seus 9 anos (Régis Arpin), que ocupam um velho castelo, estreitam mais seus laços frios com a morte da esposa e mãe, mais ligada ao menino. A chegada de uma governanta (Dominique Blanc) com seu filho da mesma idade desencadeia no órfão sentimentos hostis aos novos hóspedes, recaindo a "escolha" no garoto que se presumia um bom companheiro para a sua solidão. Enquanto os pais encetam um romance, o precoce perverso herdeiro transforma seu possível amigo num bode expiatório de seus caprichos autoritários.
  


 
Espionar os pais na intimidade pode ser divertido

Bom filme francês de Régis Wargnier ("Indochina") explora com sabedoria um tema não muito freqüente, o lado sombrio do universo infantil (não víamos isso talvez desde o espanhol "Cría Cuervos...", de Carlos Saura). Insistindo com planos de humilhação e subserviência para com o colega de classe social mais modesta, o herdeiro extravasa suas frustrações e perseguindo-o para onde quer que ele vá, como numa floresta onde se acidenta, parece não prescindir de sua companhia. Uma neurose com conotações homossexuais? Talvez não, ambos são muito jovens e as crises de autoridade do menino são, no fundo, uma brincadeira como a de espionar o casal e incutir no outro a idéia de que sua mãe não presta. Mas há, sim, uma tentativa de vampirização do espírito do colega mais fraco (ou condescendente), mais explícita no pacto de lealdade em que ambos sorvem o sangue de seus mútuos dedinhos cuidadosamente furados. E um duelo de esgrima dos garotos se funde com o orgasmo da mulher que volta ao castelo a pedido do homem solitário, indicação de que o sexo está presente nas duas situações. Um final inesperado e doloroso acentua as qualidades do filme, com excelentes atuações das duas crianças e utilização bastante feliz da música de Prokofiev na trilha.






terça-feira, 1 de julho de 2014

NOBLESSE OBLIGE

                                                             "AS OITO VÍTIMAS"


(Kind Hearts and Coronets) - Grã-Bretanha, 1949 - Direção de Robert Hamer - Elenco: Dennis Price, Alec Guinness, Joan Greenwood, Valerie Hobson, Miles Malleson, Hugh Griffith.

Alta comédia inglesa de humor negro de Robert Hamer, com Alec Guinness por todo lado (ele faz os oito papéis).  De muito charme, elegante e inteligente, é até hoje considerada um dos clássicos do cinema britânico, com sólido elenco e produção de Michael Balcon, da saudosa Ealing, que deu uma injeção de vitalidade ao gênero na época. Descendente desprezado (Dennis Price) de fidalga família tradicional, com cargos sociais de monta, vendo sua mãe morrer e nem ser enterrada no mausoléu da parentada, resolve se vingar matando um a um desses nobres com calculada frieza. É preso e condenado por um crime que não cometera, o assassinato do marido de sua amante (Joan Greenwood), que tenta assim impedir seu casamento com uma lady viúva (Valerie Hobson) depois que ele recupera seu título de duque.
Memoráveis, as atuações de Dennis Price, na sua maior oportunidade na tela (logo perderia
o cartaz ao descobrirem que era homossexual), Joan Greenwood (sonsa e cínica, sempre ótima nesse tipo de papel) e a maioria das caracterizações de Guinness, destacando o dono do banco, o capitão de navio que naufraga e o velho padre, para a função onde escolhem o mais tolo da família... 
Humor sofisticado com risos e crítica social, mais uma boa e irônica reviravolta final. Saindo agora em DVD em edição impecável da CultClassic, com maneiríssima capa (um poster do filme, vendo-se a árvore genealógica da família D'Ascoyne). O diretor Hamer, que não mais
fez algo tão bom, tentaria Alec Guinness de novo anos depois num papel duplo em "O Estranho Caso do Conde" (The Scapegoat), mas sem grande êxito.  Este é programão.

BUÑUEL SARDÔNICO-SURREAL DOS ANOS '50

"ENSAIO DE UM CRIME"

Grande Luís Buñuel feito em 1955 no México, onde ficou exilado pela ditadura do "generalíssimo" Franco. Insolitíssima história de Archibaldo de la Cruz (Ernesto Alonso), patético serial killer que, por azares diversos, nunca chega a consumar seus homicídios contra as belas mulheres que o envolvem, sentindo-se
culpado por eles.
Com aura de sonho/ pesadelo, é dos filmes mais surreais de Buñuel e parece que descoberto tardiamente. Repleto de surpresas, coincidiu ainda com o suicídio real da atriz Miroslava pouco depois, o que Buñuel lamenta em seu livro de memórias ("quando a vejo na tela entre chamas, lembro-me de que seria incinerada!").
As mortes no filme são supostamente atribuídas a uma caixa de música mágica na imaginação de Archibaldo desde criança, quando julga ter matado sua jovem preceptora (Ariadne Welter, irmã da atriz Linda Christian e depois em outro papel de maior relevo, a noiva sonsa). Ele é um psicopata assassino imaturo, com muito ainda do menino mimado pela mãe burguesa e que parece confundir seus crimes com travessuras. Um filme fascinante a que não faltam cômicas ironias, citado em cena de um de Pedro Almodóbar, "Carne Trêmula", mas que jamais se iguala a ele.
 
Archibaldo e a réplica de Lavinia, conduzida a uma cremação.



O DEGREDO É MEU SEGREDO




Olá, gente! Tudo bem ?

Hummm... Tristinhos com a decretação do fim do Orkut?
Bom, confesso que também não estou pulando de alegria, mas sou ruim de cair em depressão.
Afinal, foram anos convivendo com essa ferramenta, conhecendo e desconhecendo pessoas, adicionando, não adicionando, fazendo ou não boas amizades, arriscando tópicos, respondendo a isso ou aquilo,
postando coisinhas, mas com um saldo bastante positivo no todo.
E agora... "ESSA COISA", desafiando meu bom-humor. Não, não permito! Sou vacinado contra a gripe da alma.
Assim, criei para mim esse espaço (com a supervisão essencial do meu bravo técnico) e que gostaria de compartilhar com vocês, se quiserem ou quando estiverem a fim. Não abro mão dos meus amigos por nada,
muito menos por um ultimato de despejo.
E não quero ser um "sem teto", lutei pela minha toca e daqui não saio, podem crer.
Sendo mais óbvio que a verdade, meu novo endereço é
poltronadolafa.blogspot.com.br

Visitem-me à vontade e coloquemos em dia os nossos papos e comentários.

Abraços apertados a vocês, amigos!

Lafa.